Sinopse: Afastados de sua casa, da sua civilização "branca", estrangeiros numa aldeia de negros, os Smales esperam por melhores dias, mas, até lá, têm de reaprender a viver e a perder toda a noção da "ocidentalidade". Sem privacidade, sem hábitos de higiene, sem conforto, desprotegidos pela lei, criam-se tensões, acumulam-se memórias de um passada que nunca mais poderá regressar. A "cidade branca" está distante e esta família tem de viver à custa dos serviços e da bondade dum criado de atitudes inquietantes: se, por um lado, este não se queixa de ter sido maltratado pelos amos durante a época do apartheid e não aparenta qualquer tipo de ressentimento, por outro, July busca não só a sua emancipação, mas também impor um respeito nunca antes obtido.
A tensão entre a gente negra da aldeia versus a família Smales nunca se dilui, mas, pelo contrário, agrava-se até um ponto de quase ruptura, de desejarem abandonar a aldeia, embora não tenham pra onde ir. Estão presos a esta aldeia sofrendo uma dupla pressão: a dos habitantes e a da própria consciência.
O Pessoal de July é um dos livros mais famosos da escritora sul-africana Nadine Gordimer, que tem como característica escrever histórias e crônicas que se passam durante o Apartheid. Esse livro está na minha estante desde muito antes de a minha estante existir, era da minha avó, depois passou pra minha mãe e desde então está guardadinho lá, esperando uma oportunidade de ser lido por mim, mas confesso que podia continuar vivendo sem essa leitura, pois não gostei nem um pouquinho.
O livro conta uma história passada na África do Sul em que a população negra se revoltou e começou uma guerra contra os brancos, porém não uma revolução qualquer, mas uma guerra autêntica, com ataques aéreos, bombas, soldados treinados e muita munição reserva. July é um empregado negro que trabalha há anos para a mesma família, ao saber da guerra ele sabe que seu trabalho é proteger os patrões brancos de qualquer ameaça, assim, ele conduz os Smales pela estrada de noite em uma fuga e esconde todos eles na sua aldeia de origem.
A aldeia em questão é uma zona afastada da cidade, extremamente pobre e superpopulosa, lá ainda não há qualquer iminência de guerra, pois os habitantes não têm como receber as informações, assim, a família Smales sofre por estar vivendo em condições extremamente precárias se comparadas com o conforto com o qual estavam acostumados.
O livro tem uma linguagem muito difícil, no início foi difícil me habituar e entender, a narrativa deixa muitas coisas subentendidas, fica a critério do leitor como ele vai entender o que está acontecendo, e eu não entendi absolutamente nada do final, quando a história começou a ficar legal, quando ia acontecer alguma coisa emocionante o livro simplesmente acaba com um final aberto.
Detestei, achei muito confuso, a proposta é muito boa e a sinopse é envolvente, porém o livro deixa muito a desejar, talvez eu não tenha entendido o subjetivismo da história, mas realmente esse não é o meu tipo de leitura.
INFORMAÇÕES GERAIS:
Título original: July's People
Autor: Nadine Gordimer
Ano de publicação: 1981
Gênero: Drama, Ficção
N° de páginas: 195
Editora: Rocco
Classificação: 1/5
Data do início da leitura: 02/06/2017
Data do término: 04/06/2017
DESAFIOS:
Livreando: Livro com capa vermelha
Esse é o primeiro livro que eu li em junho, seguindo o Desafio Literário Livreando, na categoria "Livro com capa vermelha", se alguém tiver interesse em saber mais é só clicar na imagem!!
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